sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Calendario Lunissolar
Baseia-se o calendário lunissolar no mês lunar, mas procura fazer concordar o ano lunar com o solar, por meio da intercalação periódica de um mês a mais. O mês é determinado em função da revolução sinódica da Lua, fazendo começar o ano com o início da lunação. Para que a entrada das estações se efetue em datas fixas, acrescenta-se um mês suplementar, no fim de certo número de anos, que formam um ciclo. Os babilônicos, chineses, assírios, gregos e hindus utilizaram calendários lunissolares. Atualmente, os judeus - que adotaram o calendário babilônico na época do exílio - e os cristãos se valem desse sistema para determinar a data da Páscoa.
Calendário Lunar
É outro tipo de calendário que se baseia no movimento da Lua em torno da Terra, isto é, o mês lunar sinódico, que é o intervalo de tempo entre duas conjunções da Lua e do Sol. Como a sua duração é de 29 dias 12 horas 44 minutos e 2,8 segundos, o ano lunar (cuja denominação é imprópria) de 12 meses abrangerá 254 dias 8 horas 48 minutos e 36 segundos. Os anos lunares têm que ser regulados periodicamente, para que o início do ano corresponda sempre a uma lua nova. Como uma revolução sinódica da Lua não é igual a um número inteiro de dias, e os meses devem também começar com uma lua nova, esse momento inicial não se dá sempre numa mesma hora. Por sua vez, na antiguidade, e mesmo depois, houve freqüentes erros de observação desse início.
Para que os meses compreendessem números inteiros de dias, convencionou-se, desde cedo, o emprego de meses alternados de 29 e 30 dias. Mas como o mês lunar médio resultante é de 29 dias e 12 horas, isto é mais curto 44 minutos e 2,8 segundos do que o sinódico, adicionou-se, a partir de certo tempo, um dia a cada trinta meses, com a finalidade de evitar uma derivação das fases lunares. Por outro lado, como o ano lunar era de 354 dias, observou-se que havia uma defasagem rápida entre o início do mesmo e o das estações. Procurou-se eliminar essa diferença, intercalando-se periodicamente um mês complementar, o que originou os anos lunissolares.
O calendário lunar surgiu entre os povos de vida essencialmente nômade ou pastoril, e os babilônicos foram os primeiros, na antiguidade, a utilizá-lo. Os hebreus, gregos e romanos também dele se serviram. O calendário muçulmano é o único puramente lunar ainda em uso. Com Júlio César, Roma adotou um calendário solar que predominou entre as populações agrícolas.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Calendáro sideral
Calendário sideral:
Baseia-se o calendário sideral no retorno periódico de uma estrela ou constelação a determinada posição na configuração celeste. Para o estabelecimento do calendário sideral, há milênios, utilizou-se a observação do nascer ou do ocaso helíaco (ou cósmico) de uma estrela. Além do nascer ou do ocaso real de uma estrela, respectivamente, pelo horizonte leste ou oeste, chama-se nascer ou ocaso helíaco (ou cósmico) a passagem de um astro pelo horizonte oriental ou ocidental no momento do nascer ou do pôr-do-sol, respectivamente. Quando o astro nasce no momento do pôr-do-sol, ou se põe no momento em que o Sol nasce, diz-se que há nascer ou ocaso acrônicos. Nascer helíaco, portanto, é a primeira aparição anual de uma estrela sobre o horizonte oriental, quando surgem os primeiros raios de sol. Para evitar atraso no registro da data do nascer helíaco, os sacerdotes egípcios, que determinavam as estações em função desse fenômeno, eram obrigados a vigílias rigorosas. Algumas tribos do Brasil e da América do Sul serviam-se do nascer helíaco das Plêiades para indicar o início do ano. O primeiro calendário assírio se baseava no nascer helíaco da constelação de Canis Majoris (Cão Maior), cuja estrela principal, Sirius, tinha importante papel em sua mitologia
A Necessidade de se Medir o Tempo
Desde muito tempo, os homens buscam formas para estabelecer a passagem do tempo. Já no Paleolítico, os grupos humanos realizavam suas medições de tempo olhando atentamente as variações regulares ocorridas com o Sol, a Lua e as estrelas. Em um primeiro momento, o ciclo do Sol – marcado pelas variações entre a claridade e a escuridão – foi empregado na contagem dos dias e das noites. Tempos depois, as variações da Lua – com suas respectivas fases – determinaram a concepção de períodos maiores.
Com a observação dos movimentos lunares, foi possível estipular a criação dos meses e, com base na variação das estações, tínhamos a consolidação dos anos. Nesse primeiro tipo de calendário, vemos que a contagem do ano se tornava um grande problema, tendo em vista que o ciclo da Lua durava apenas 28 dias. De tal modo, diversos povos realizavam o acréscimo intencional de alguns dias para que as estações estivessem próximas das medidas de tempo empregadas.
Ao longo da Antiguidade, o interesse em se aprimorar os primeiros calendários teve ligação próxima ao desenvolvimento das atividades agrícolas. Afinal de contas, era necessária a constituição de uma medição de tempo precisa e adequada para o planejamento das várias atividades que envolviam o plantio, a colheita e o armazenamento dos grãos. Ao mesmo tempo, os calendários eram úteis na programação da caça, dos ciclos de migração e na promoção de festividades religiosas.
Os egípcios organizavam seu calendário a partir de um ano dividido em três diferentes estações, que eram formuladas a partir da variação das águas do Nilo. Eles trabalhavam basicamente com as estações das inundações, da semeadura e da colheita. Como eles precisavam antecipar a ocorrência de cada uma dessas épocas, a constante observação das estrelas também servia como referencial. Já no século V a.C., os egípcios adotavam um calendário com 365 dias e subdividido em 12 meses com 30 dias.
Há mais de 5000 anos, os sumérios formularam um calendário de 360 dias e 12 meses inspirado no sistema hexadecimal que ordenava seu sistema numérico. Tendo a variação da lua como referência, os astrônomos perceberam que o seu calendário tinha uma defasagem de 11 dias em relação ao ano solar. Com isso, o seu calendário era acrescido de um mês com trinta e três dias a cada três anos. Dessa forma, as estações alinhavam-se aos ciclos da Lua.
Na Grécia Antiga, a questão da autonomia das cidades-Estado acabou gerando uma grande confusão entre os calendários utilizados por aquele povo. Cada cidade tinha um critério próprio para adicionar um décimo terceiro mês regulador do ciclo anual. Por volta de 500 a.C., foi que os astrônomos gregos começaram a se reunir com a intenção de utilizarem um mesmo padrão de tempo para a adoção do décimo terceiro mês. No século IV, o Ciclo Calíptico ofereceu um dos paradigmas de tempo mais precisos daquela época.
Os romanos foram os primeiros a estudarem medições de tempo que se aplicassem a todo seu extenso território. No século I a.C., o imperador Júlio César requisitou os serviços do astrônomo Sosígenes para que toda a civilização romana utilizasse um mesmo calendário solar. Para que essa regulação fosse feita, o ano de 46 a.C., contou com 445 dias e, por tal motivo, ficou sendo historicamente conhecido como o “ano da confusão”.
Apesar do alcance desse padrão, o calendário de Júlio César – convencionado como o calendário Juliano – apresentava uma defasagem de 10 dias em relação ao ano solar, no ano de 1582. Por tal motivo, o papa Gregório XIII organizou uma comissão de astrônomos e matemáticos que resolvessem esse problema de maneira definitiva. Ainda hoje, esse é o calendário de proporção mais exata, gerando uma defasagem de um dia a cada 3532 anos.
Mesmo sendo tão funcional, devemos nos lembrar de que a adoção universal do calendário gregoriano nunca chegou a se concretizar. Países de religião ortodoxa, islâmica e oriental ainda mantém antigos calendários que organizam as suas manifestações religiosas ao longo do tempo. De fato, vemos que os elementos de ordem cultural ainda resistem mediante os argumentos econômicos e políticos que demandam de calendários precisos e universais.
Fonte: http://www.brasilescola.com/historiag/calendarios-antigos.htm
Com a observação dos movimentos lunares, foi possível estipular a criação dos meses e, com base na variação das estações, tínhamos a consolidação dos anos. Nesse primeiro tipo de calendário, vemos que a contagem do ano se tornava um grande problema, tendo em vista que o ciclo da Lua durava apenas 28 dias. De tal modo, diversos povos realizavam o acréscimo intencional de alguns dias para que as estações estivessem próximas das medidas de tempo empregadas.
Ao longo da Antiguidade, o interesse em se aprimorar os primeiros calendários teve ligação próxima ao desenvolvimento das atividades agrícolas. Afinal de contas, era necessária a constituição de uma medição de tempo precisa e adequada para o planejamento das várias atividades que envolviam o plantio, a colheita e o armazenamento dos grãos. Ao mesmo tempo, os calendários eram úteis na programação da caça, dos ciclos de migração e na promoção de festividades religiosas.
Os egípcios organizavam seu calendário a partir de um ano dividido em três diferentes estações, que eram formuladas a partir da variação das águas do Nilo. Eles trabalhavam basicamente com as estações das inundações, da semeadura e da colheita. Como eles precisavam antecipar a ocorrência de cada uma dessas épocas, a constante observação das estrelas também servia como referencial. Já no século V a.C., os egípcios adotavam um calendário com 365 dias e subdividido em 12 meses com 30 dias.
Há mais de 5000 anos, os sumérios formularam um calendário de 360 dias e 12 meses inspirado no sistema hexadecimal que ordenava seu sistema numérico. Tendo a variação da lua como referência, os astrônomos perceberam que o seu calendário tinha uma defasagem de 11 dias em relação ao ano solar. Com isso, o seu calendário era acrescido de um mês com trinta e três dias a cada três anos. Dessa forma, as estações alinhavam-se aos ciclos da Lua.
Na Grécia Antiga, a questão da autonomia das cidades-Estado acabou gerando uma grande confusão entre os calendários utilizados por aquele povo. Cada cidade tinha um critério próprio para adicionar um décimo terceiro mês regulador do ciclo anual. Por volta de 500 a.C., foi que os astrônomos gregos começaram a se reunir com a intenção de utilizarem um mesmo padrão de tempo para a adoção do décimo terceiro mês. No século IV, o Ciclo Calíptico ofereceu um dos paradigmas de tempo mais precisos daquela época.
Os romanos foram os primeiros a estudarem medições de tempo que se aplicassem a todo seu extenso território. No século I a.C., o imperador Júlio César requisitou os serviços do astrônomo Sosígenes para que toda a civilização romana utilizasse um mesmo calendário solar. Para que essa regulação fosse feita, o ano de 46 a.C., contou com 445 dias e, por tal motivo, ficou sendo historicamente conhecido como o “ano da confusão”.
Apesar do alcance desse padrão, o calendário de Júlio César – convencionado como o calendário Juliano – apresentava uma defasagem de 10 dias em relação ao ano solar, no ano de 1582. Por tal motivo, o papa Gregório XIII organizou uma comissão de astrônomos e matemáticos que resolvessem esse problema de maneira definitiva. Ainda hoje, esse é o calendário de proporção mais exata, gerando uma defasagem de um dia a cada 3532 anos.
Mesmo sendo tão funcional, devemos nos lembrar de que a adoção universal do calendário gregoriano nunca chegou a se concretizar. Países de religião ortodoxa, islâmica e oriental ainda mantém antigos calendários que organizam as suas manifestações religiosas ao longo do tempo. De fato, vemos que os elementos de ordem cultural ainda resistem mediante os argumentos econômicos e políticos que demandam de calendários precisos e universais.
Fonte: http://www.brasilescola.com/historiag/calendarios-antigos.htm
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